quarta-feira, 15 de setembro de 2010

sexta-feira, no cabaret

Um suposto amor é uma das coisas mais estranhas da natureza humana. Ele é a mesma coisa que aquela azeitona na empada: Está ali, mas não tem função nenhuma. Nem encher a barriga.
Mas a questão aqui não é a barriga e sim o coração. Ou não. Coração coisa nenhuma. O problema todo está no cérebro e suas malditas seretoninas e outros hormônios que nos são produzidos quando estamos com "aquela" pessoa por perto. Ou longe.
É uma coisa que todos nós pensamos e fazemos, mas ninguém presta atenção (ou presta) de quando estamos com alguém o que mais gostariamos de fazer é ficar solteiro. A maioria dos meus amigos sempre falam que gostariam de acabar o namoro ou assemelhados quando estão na dita "coleira" e que, quando estão solteiros ficam chorando com a cara enfiada em um prato de guacamole reclamando da merda em que estão.
Sou o único ser que gosta de ficar o tempo inteiro solteiro? Alguém perdido naquele esquema de sacanagem básica que rola sempre entre os descompromissados? Acho que não. Porque eu, como qualquer outro ser, tenho a plena consciência de que isso não é para sempre e, um dia - tomara que esteja bem distante esse dia - eu vou ter que assumir algum compromisso e parar de farrear como qualquer garoto - sim, não quero ser adulto - para entrar em sagrado matrimônio amém.

Sempre gostei de ser solteiro. Conversar, beber, fumar, tudo sem responsabilidade e, de repente, ir para a casa de alguém, beber mais um pouco, começar o agarra-agarra, tirar a cueca, brincar, dormir, acordar cedo, ir embora sem fazer barulho e repetir a dose no dia seguinte.

Se encontrar um amor eterno fosse uma idéia concreta na vida do ser humano nasceríamos grudado em alguém para nunca mais perdermos de vista. Porque a vista cansa, a bebida bate, você perde o óculos, conhece alguém, faz merda, estraga tudo com uma pessoa legal e as coisas se repetem no outro dia. De novo e de novo...

Enquanto isso, na Bat-Caverna, fico me perdendo nos braços de desconhecidos, porque é melhor acordar de manhã, juntar as coisas e sair de mansinho. Assim ninguém sofre.

(...)

Droga, como eu queria estar namorando!

1 comentários:

Unknown disse...

Jolly good

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