quinta-feira, 29 de julho de 2010
na borges
sábado, 24 de julho de 2010
para Moz
Acordo te procurando, e na cama os seus rastros
da paixão que era só chama
me olhando nos olhos, com o calor dos seus braços
Amos com as flores nos bolsos
esperando você para poder lhe dar
ligo o rádio e ouço sua voz, desligo para te imaginar.
Ando pelas ruas querendo que você me veja
sento num bar, acendo meu cigarro
e sozinho tomo a minha cerveja.
Espero alguém aparecer e me levar para a festa
mas não vejo motivo para aproveitar se não tenho você
pois oque eu mais quero está bem escrito na minha testa
Gastando minhas carícias, meus beijos em outros
fico pensando se não estou ficando louco
Morrendo devagar, pouco a pouco.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
banho
segunda-feira, 19 de julho de 2010
starman
sexta-feira, 16 de julho de 2010
vazios volteios virtuosos
sua presença é o meu sol, alegria
nos momentos mais tristes,
por entre todas as nossas esfínges
é você que mais persiste.
Na sua presença ninguém desiste.
és forte e meiga, uma jovem guerreira,
nos momentos mais críticos é o coringa.
mas caso você erre com ela: é pedreira
cuidado com a menina; ela se vinga.
No "trabaio", no dia-dia: uma peste.
um amor de guria.
Se fosse viver mil anos que fosse ao lado dela;
Mariana, minha amada, a minha cinderela.
(como dizem os pobres: pode ser simples, mas é de coração, tá!)
Para você, de um amigo que te ama muito e não tem vergonha de dizer isso.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Ele estava sentado tomando um café quando avistou ela caminhando sozinha naquele vento de cortar. Já sabia por amigos próximos quem e qual era o seu nome: Thelema. Fingiu prestar atenção ao seu livro e acompanhou pelo canto do olho ela se aproximar. Tragou o cigarro pelo canto da boca e acendeu outro com o mesmo. Ela passou apressada pelo vidro e se perdeu na multidão em meio àquela tarde cinzenta. Droga. Deveria ter feito algum gesto para chamar a sua atenção, chamado a atendente ou coisa parecida para faze-la notá-lo.
Perdeu o foco no livro. Sua cabeça começou a ferver. Lembrava a todo instante daquela pinta acima de sua boca carnuda.
A expressão de frustração era evidente em seu rosto. Olhou para o vidro e viu a miragem dela olhando fixamente para ele - coisa que só acontece em filmes. Não era miragem. Ela batia no vidro com se quisesse falar com ele. Embasbacado, sem saber o que fazer, apontou a porta do café, convidando-a a entrar. Tragou forte o cigarro, apagou no cinzeiro e tomou um gole de chá.
- Por favor, sente-se!
- Eu só queria um cigarro.
- Ah! Err... Tudo, tudo bem!
A decepção foi óbvia. De imediato ela sentiu-se constrangida com aquilo. Queria remediar aquele mal-estar causado. Pegou o cigarro, acendeu e deu uma longa baforada.
- Que livro é esse?
- Você não queria só um cigarro? - Perguntou ele, já irritado.
- Sim sim, eu já estou indo...
- Não! Espere! Desculpe, não quis ser rude com você. - Disse também percebendo o que tinha falado.
Merda. Eu queria que ela viesse falar comigo, daí quando tá aqui eu enxoto ela para sair. O que há de errado comigo?
(...)
- Não é nada importante, são só alguns poemas baratos.
- Adoro poemas. Posso dar uma olhada?
Ele só ofereceu, dando os ombros.
Eles nunca haviam se falado antes, sabiam quem eram mas sempre se evitavam. Qual era o problema deles? Medo? Ódio? Que fosse amor...